quarta-feira, 18 de abril de 2012

A pena perpétua para padre argentino é festejada nas ruas

Fonte: Unisinos

Centenas de pessoas, incluindo membros de grupos de defesa de direitos humanos e de partidos políticos, foram às ruas para festejar a condenação de Von Wernich.

A notícia é do jornal O Estado de S. Paulo e dos jornais Clarín e Página/12, 10-10-2007.

`Que Deus te perdoe, porque nós já te condenamos`, dizia um cartaz exibido por um grupo de manifestantes. Eles queimaram um boneco que representava o religioso.

`Este é um dia histórico, não pensávamos que íamos viver para ver isto`, celebrou uma das líderes das Mães da Praça de Maio, Tati Almeyda.


A Igreja Católica vinha mantendo silêncio sobre o caso, mas ontem à noite a Conferência Episcopal Argentina (CEA) divulgou um comunicado manifestando sua `dor` pela `participação de um sacerdote em delitos gravíssimos`.


No comunicado, a CEA também pediu a reconciliação dos argentinos, afirmando que os passos da Justiça `são um chamado para que nos distanciemos tanto da impunidade como do ódio e do rancor`.
 (eles sempre falam e ódio e rancor quando a maré vira contra eles... interessante isso! falam tbm em anticristianismo, perseguição de ateus comunistas e coisas afins)

Von Wernich, que em diversas ocasiões fingiu ser amigo dos prisioneiros políticos, conseguia deles, por meio da confissão religiosa, informações secretas sobre colegas dos detidos que estavam na clandestinidade. Ele repassava a informação aos militares.

Além disso, o padre fazia torturas psicológicas e pedia dinheiro a famílias de presos, alegando que o usaria para subornar guardas a fim de obter a libertação de detidos. Von Wernich chegou a acompanhar um grupo de prisioneiros até um descampado na Grande Buenos Aires, onde eles supostamente seriam libertados. Em vez disso, acabaram fuzilados.

O sacerdote também participou dos `vôos da morte`, dos quais presos eram jogados, ainda vivos, no Rio da Prata. Ele abençoava os militares que jogavam os prisioneiros.

Após o fim da ditadura, Von Wernich fugiu para o Chile, onde morou até 2003, quando foi descoberto e extraditado para a Argentina. O regime militar foi responsável pelo assassinato de 30 mil civis.

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